quinta-feira, dezembro 09, 2004


Conclusões do relatório da ONU

desculpem a "seca" mas este assunto é deveras importante, nao o podia deixar passar em claro.
passo a transcrever uma noticia do jornal Público.

"Relatório da Organização para a Agricultura e Alimentação da ONU
Cinco milhões de crianças morrem de fome todos os anos

Joana Ferreira da Costa
PÚBLICO
A fome a má nutrição matam anualmente cinco milhões de crianças em todo o mundo, um "escândalo" que podia ser evitado com investimento económico modesto face aos benefícios futuros, denunciou ontem a Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO).De acordo com o relatório anual deste organismo, 852 milhões de pessoas sofriam de má nutrição entre 2000 e 2002, mais 18 milhões do que em meados da década de 90. Um flagelo que continua a assolar em larga escala os países em vias de desenvolvimento. "É possível que a comunidade internacional ainda não se tenha apercebido da mais-valia que resultará de um aumento do investimento na luta contra a fome", declarou Hartwig de Haen, subdirector-geral da FAO, ontem, durante a apresentação do relatório em Roma, Itália. "Além do sofrimento humano, só por si escandaloso, a fome tem como consequência importantes perdas económicas", defendeu o responsável, considerando "incompreensível" a falta de esforço da comunidade internacional neste combate. "É uma questão de vontade política e de prioridades", conclui. No relatório sobre a insegurança alimentar no mundo, a FAO diz que, anualmente, "mais de 20 milhões de bebés com baixo peso nascem nos países em vias de desenvolvimento" e que cinco milhões de crianças morrem devido à má nutrição. Um número muito superior de pessoas sofrerá durante toda a sua vida das sequelas deixadas pela má nutrição, que reduzirão a sua capacidade de trabalhar e ganhar a vida. A FAO calcula que a falta de produtividade causada por este flagelo terá custos superiores a 500 mil milhões de dólares. Valor ao qual contrapõe os cerca de 30 mil milhões de dólares necessários por ano para cobrir os custos de saúde com as doenças provocadas pela falta de alimento em todo o mundo. Um valor cinco vezes superior ao alcançado até agora pelo Fundo Global contra a Sida Tuberculose e Malária. Ironicamente, este investimento é pequeno face aos potenciais benefícios económicos a longo prazo: cada dólar investido na luta contra a fome representará, no futuro, entre cinco a 20 dólares em desenvolvimento e produtividade, defende a FAO.
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