Brutti, sporchi e cattivi

Privava ontem com um membro deste blog, planeando o nosso assalto a Roma, quando, perante a possibilidade de uma estadia em condições luxuosas, veio à memória colectiva o belo "Brutti, sporchi e cattivi", ou traduzindo para a versão tuga, "Feios, Porcos e Maus".

O filme é feio, rude e porco, e por isso mesmo é lindo, gracioso e transparente. É um filmaço. O próprio nome faz lembrar algumas fases da nossa estadia em Lusa Atenas. Quantas e quantas vezes fomos feios, porcos e maus? Algumas diria, poucas até, bem, nenhumas. sempre. talvez... sei lá. A análise externa é nestes casos sempre mais objectiva. Fomos feios sim senhor. Eu não usava aparelho, logo era feio. Fomos porcos, ai pois fomos. Limito-me a lembrar as guerras de cotão para não perturbar em demasia o pequeno almoço do leitor. E fomos maus, aliás ainda o somos, não é Nolas?

Não sei se chegamos ao ponto de caramelo que o filme retrata. Acho que mesmo assim eramos poucos no prédio, faltava um travesti, ou andava bem disfarçado, e as gordas que encontravamos na rua foram poucas vezes lá pra casa. Tinham nojo... Mas o filme circulava. E a malta via, grudada no sofá do Motinha, com os olhos nublados, tentando arranjar forças para o duche matinal, salvo seja... E aprendia, a malta aprendia e punha em prática nesse templo de horror, porquidão e maldade que dá pelo nome de Leitaria Avenida. Que nome para um filme! Leitaria Avenida.